domingo, 6 de fevereiro de 2011

Shadow of the colossus: uma obra de entretenimento

Por Vô,

Shadow of the colossus, que nome é esse? A princípio curioso, traduzindo seria a sombra do colosso ou algo do tipo... a primeira experiência de jogo seria mais ou menos assim...
-"hmmmm legalzinho” (você vendo a capa do game)
-“que imbecil andando a cavalo com um arco e uma espada” (você jogando por 2 minutos)
-“CARALHOOOOOOOOOOOOOOO COMO MATA A MERDA DESSE COLOSSO?"
- "... ELE É GIGANTE,
- "ONDE TÁ O PONTO FRACO MERDA!!!!"
- "CADE AQUELE CAVALO IMBECIL QUANDO EU PRECISO DELE!!!" (você jogando por 3 horas)
-"NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO......
CUIDADO AGROOOO (vc preocupado com o seu cavalo que se chama Agro)"
-"QUE PRESENTE DOS DEUUUSSESSS!!! Como eu vivi sem esse jogo?!" (voce lambendo a capa do jogo e declamando seu amor logo após ter feito final).
Ok posso estar exagerando, mas garanto que você que jogou ou vai jogar, vai passar por pelo menos um desses exemplos acima citados
Dos mesmos criadores do excelente Ico (um jogo fodástico) Sotc (vou usar essa sigla para o game) parte de uma premissa interessante e um tanto quanto inovadora, você está imerso em um mundo com apenas uma missão destruir os colossos, um tanto quanto simples, deveras, mas aí esta a genialidade de Sotc. a imersão na solidão de mundo silencioso,e o dever de salvar a amada.
Os gráficos são realmente fantásticos, retiram o Maximo do Playstation 2, com construções magníficas, todos os 16 colossos meticulosamente construídos de maneira sublime, com texturas fantásticas. As construções antigas muito bem detalhadas, dando o ar sombrio de solidão e claro seu fiel companheiro o cavalo Agro com os longos e negros pelos de sua crina balançando de maneira realmente convincente e variedade de ambiente como lagos, florestas e desertos divinamente bem feitos. O seu personagem com gráficos uniformes e realista, resumindo você acredita que está lá, você fica imerso no mundo, o que realmente penso que seja a proposta do game.
O que realmente vai te prender são as batalhas contra os colossos que são o ponto alto do game. Cada colosso requer uma estratégia diferente para ser vencido o que renova a jogabilidade a cada novo passo da jornada, o ato de cravar a espada no ponto fraco que se ilumina quando você chega perto é simples, porém chegar nesses tais pontos fracos ou o “simples” fato de subir no colosso requer destreza e atenção, pois alguns colossos não são assim tão grandes.Aliás, os colossos variam de tamanho, entre grande, enorme e... Colossal. Alguns são rápidos, dificultando a aproximação, outros voam o que deixa as coisas mais complicadas e interessantes outras são batalhas aquáticas que tomam outra proporção e requer novamente uma mudança de estratégia. A maior arma do jogador é a sua imaginação, procurando um ponto fraco pra alcançar pontos específicos ou chamar a atenção do colosso para um ponto especifico, levando em conta a importância dos cenários para as batalhas, por exemplo, para quebrar a armadura do braço do colosso da imagem aí de cima. Você tem que fazer o mesmo dar um golpe com a espada em uma área de rocha para conseguir subir no corpo dele, resumindo cabe a cada um se divertir e em procurar um modo de vencer.

É preciso ressaltar o trabalho técnico que possibilitou essa mecânica de luta contra gigantes. O maior destaque é o que eles chamam de sistema de colisão disforme. A detecção de colisão é peça fundamental na produção de um game, pois é isso que vai determinar se um objeto "tocou" em outro. A maioria dos jogos tem colisão entre dois objetos de tamanhos similares ou contra um cenário estático.
Curiosidade
O Jogo Shadow of the Colossus foi usado como paradoxo poético no filme “Reine sobre mim” fala sobre um homem que passa por uma grande tragédia de ter que sobreviver com a dor de precisar seguir quando se que parar no tempo e não lembrar de nada.
O filme conta a história de Charlie Fineman (Adam Sandler), um homem que
perdeu sua família nos atentados de 11 de setembro em Nova York e vive preso na angústia e solidão sem querer encarar sua perda. Don Cheadle vive Alan Johnson, ex companheiro de quarto de Charlie dos tempos da faculdade que o reencontra por acaso e assume a difícil tarefa de tentar libertar o amigo de sua fantasia sem perceber que essa jornada mudará também a sua maneira de ver o mundo.
O ponto forte e poético do filme é quando o personagem de Sandler mostra ao amigo o jogo Shadow of the Colossus e o ensina a matar cada gigantesca estátua viva acertando seu ponto fraco, uma bela metáfora que simboliza a imersão do personagem na solidão e isolamento vencendo cada grande obstáculo da vida em paradoxo com o sentimento do game.

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